DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO
Tipos de Discurso
As falas - ou discursos - podem ser estruturadas de duas formas básicas, dependendo de como o narrador as reproduz: o discurso direto e o discurso indireto.
O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador, interrompendo a narrativa, põe-nas em cena e cede-lhes a palavra. Exemplo:
"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do jardim, em Santa Teresa.- Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis. Mas não é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro horas e meia.- Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura."
(Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)
No discurso indireto não há diálogo, o narrador não põe as personagens a falar diretamente, mas faz-se o intérprete delas, transmitindo ao leitor o que disseram ou pensaram. Exemplo:
"A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo."
Para você ver como fica fácil vou passar o exemplo acima para o discurso direto:
- Desejo muito conhecer Carlota - disse-me Glória, a certo ponto da conversação. Por que não a trouxe consigo?
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação é o emprego de palavra(s) no seu sentido próprio, comum, habitual, preciso, aquele que consta nos dicionários.
Conotação é o emprego de uma palavra tomada em um sentido figurado, que depende do contexto.
Meu relógio de ouro foi roubado.
Pedro nadava em ouro.
No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa simplesmente o conhecido metal precioso, dúctil, brilhante, de cor amarela: tem sentido próprio, real, denotativo.
No segundo exemplo, a palavra ouro sugere ou evoca riquezas, opulência, poder, glória, luxo, ostentação, conforto, prazeres: tem sentido conotativo, possui várias conotações (idéias associadas, sentimentos, evocações que irradiam da palavra).
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